Reconhecer letras em placas, cantar músicas com rimas e ouvir histórias com atenção são sinais de que a criança já está entrando no universo da linguagem. Esses momentos marcam o início das chamadas atividades de alfabetização, que podem — e devem — começar a ser promovidas desde a Educação Infantil, antes mesmo da alfabetização formal, que se estrutura por volta dos seis anos, no Ensino Fundamental. A fase entre os 4 e 5 anos é especialmente rica para isso. Nessa idade, a criança começa a perceber padrões sonoros, identificar nomes, entender que as palavras são compostas por sons e que esses sons podem ser representados por letras. São descobertas que ocorrem de maneira natural, e o papel da escola e da família é ampliar essas experiências por meio de propostas lúdicas e constantes. As atividades de alfabetização podem começar de forma gradual, respeitando o tempo e o interesse da criança. Quando inserimos a leitura e a escrita no cotidiano infantil com afeto, jogos e brincadeiras, o aprendizado acontece de forma espontânea e prazerosa. Nesse primeiro contato com a linguagem escrita, a leitura de histórias é uma das ferramentas mais eficazes. Ler para a criança todos os dias ajuda a ampliar o vocabulário, a desenvolver a escuta ativa e a familiarizar com a estrutura dos textos. As perguntas que surgem após as histórias também estimulam a capacidade de interpretação e o pensamento crítico.

Atividades como montar palavras com blocos de letras, explorar músicas com rimas, brincar de adivinhações com sons iniciais e criar pequenos cartões com nomes de objetos da casa são estratégias simples que fazem diferença. O segredo está na frequência: não é necessário forçar o aprendizado, mas sim oferecer desafios constantes que despertem a curiosidade. Outro ponto importante é o envolvimento da família nesse processo. Quando os pais leem com os filhos, brincam com palavras ou incentivam a criança a desenhar e escrever o próprio nome, estão fortalecendo a relação entre linguagem e afeto. Isso gera mais segurança e disposição para aprender. A alfabetização não é um processo automático, nem igual para todas as crianças. Algumas estarão prontas para ler e escrever com mais facilidade aos seis anos; outras precisarão de mais tempo. Por isso, é fundamental respeitar o ritmo individual e garantir que o aprendizado esteja vinculado ao prazer de descobrir, e não à cobrança por desempenho precoce. Dar espaço para que a criança construa sua relação com a leitura e a escrita desde cedo é um investimento que terá reflexos ao longo de toda a vida escolar — e além dela.

Ao estimular essas habilidades de forma adequada e constante, pais e educadores estão abrindo caminho para o desenvolvimento da autonomia, da comunicação e da compreensão do mundo. Para saber mais sobre atividades de alfabetização, acesse https://educador.com.br/atividades-de-alfabetizacao/ ou https://novaescola.org.br/planos-de-aula/alfabetizacao