Uma nota vermelha no boletim escolar pode abalar a confiança de crianças e adolescentes, e muitas vezes também afeta os pais, que não sabem ao certo como reagir. Repreensões impulsivas ou punições severas podem até agravar o problema, enquanto uma abordagem acolhedora e estratégica tem mais chances de promover mudança. A chave está em compreender o que levou àquele resultado e traçar um plano realista de recuperação, com o apoio da escola e da família.

Cada boletim é um reflexo do momento acadêmico do estudante, mas também pode indicar questões emocionais ou comportamentais. Falta de motivação, dificuldades específicas com certas disciplinas, má gestão do tempo ou até mesmo problemas de socialização podem impactar diretamente o desempenho. Por isso, a primeira atitude dos pais deve ser ouvir. Conversar com o filho de forma empática ajuda a identificar os fatores que dificultaram o aprendizado e sinaliza que ele pode contar com a família para superar esse desafio. É no momento do fracasso que o aluno mais precisa de orientação, segurança e clareza sobre os próximos passos.

O papel dos pais é acolher sem omitir a importância de rever atitudes e buscar soluções em conjunto. O segundo passo é organizar uma rotina que favoreça a aprendizagem. Isso inclui horários fixos para estudo, sono de qualidade, redução do tempo em telas e acompanhamento mais próximo das tarefas escolares. Se necessário, vale recorrer ao reforço escolar, tutoria especializada ou ferramentas pedagógicas que tornem o conteúdo mais acessível e interessante.

Muitos pais recorrem a recompensas como forma de motivar os filhos, e isso pode funcionar, desde que o foco esteja no esforço, e não apenas nas notas. Um sistema de metas bem definido, com reconhecimento por pequenas conquistas, ajuda a construir um senso de responsabilidade e persistência. Por outro lado, é preciso cautela com incentivos financeiros. Embora tentadores, eles podem gerar uma relação puramente mercantil com o aprendizado. Outro ponto importante é entender que cada criança tem um ritmo e talentos únicos.

Comparações com irmãos, colegas ou filhos de amigos só aumentam a pressão. Respeitar as particularidades do aluno, reconhecer avanços graduais e manter expectativas realistas fazem toda a diferença. Por fim, é essencial observar o bem-estar emocional. Notas baixas recorrentes podem ser sinal de ansiedade, estresse ou desmotivação profunda. Se houver mudanças no comportamento, como apatia, irritabilidade ou isolamento, procurar ajuda profissional pode ser o caminho para restaurar o equilíbrio. O boletim escolar, mesmo quando traz notícias difíceis, pode se tornar uma poderosa ferramenta de transformação quando usado como ponto de partida para escuta, parceria e recomeço.

Para mais informações sobre boletim escolar, acesse https://educacao.uol.com.br/noticias/2009/03/04/economistas-e-psicologos-divergem-sobre-dar-ou-nao-recompensas-para-estudantes.htm ou https://www.grudadoemvoce.com.br/blog/notas-na-escola/